The contemporary work "Ariana," created in 2012 by choreographer Cassi Abranches for the Bolshoi Brazil Junior Company, is inspired by Vinícius de Moraes' poem "Ariana, the Woman." It's a unique narrative, marked by the search for the ethereal woman Ariana, who is everywhere and represented by everything that guides and appears to the narrator throughout his story. Enchanted by the work, Cassi Abranches began researching how to transform the poem into a dance, thus giving the dancers of the Junior Company the experience of bringing the diverse forms of the character to life. In 2019, the choreographer returned to the Bolshoi Brazil School to restage the work, this time with different dancers.
Accompanied by music from renowned Brazilian composers such as classical musician Marlos Nobre, pianist André Mehmari, and percussionists Naná Vasconcelos and Marcos Suzano, "Ariana" becomes a genuinely Brazilian and inspiring work.
[...] But Ariana was neither the woman, nor the coin, nor the commodity, nor the purple.
And I said to myself: Everywhere but here will be Ariana.
And I understood that only where God could fit, could Ariana fit. [...]
[...] But if Ariana was the forest, why couldn't Ariana be the earth? If Ariana was death, why couldn't Ariana be life? Why - if everything was Ariana and only Ariana existed and nothing outside of Ariana?
[...] But it is necessary! For the Exalted to arise, the white and serene Ariana.
The one who is leprosy and health, dust and wheat, poetry and the lean cow Ariana, the woman - the mother, the daughter, the wife, the bride, the beloved!
(Excerpts from the poem "Ariana, the Woman" by Vinícius de Moraes).
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O trabalho contemporâneo "Ariana", criado em 2012 pela coreografa Cassi Abranches, para a Cia. Jovem Bolshoi Brasil, é inspirado no poema de Vinícius de Moraes “Ariana, a Mulher”. Uma narrativa distinta, marcada pela procura da etérea mulher Ariana, que está em todos os lugares e é representada por todas as coisas que norteiam e surgem ao narrador ao longo de sua história. Encantada com a obra, a Cassi Abranches iniciou a pesquisa para transformar o poema em dança e, assim, trouxe aos bailarinos da Cia. Jovem a experiência de dar vida às mais diversas formas da personagem. Em 2019, a coreógrafa esteve na Escola Bolshoi para remontar o trabalho, agora com outros bailarinos.
Embalada por músicas de conceituados compositores brasileiros, como o musicista clássico Marlos Nobre, o pianista André Mehmari e os percussionistas Naná Vasconcelos e Marcos Suzano, “Ariana” se torna um trabalho genuinamente brasileiro e inspirador.
[...] Mas Ariana não era a mulher, nem a moeda, nem a mercadoria, nem a púrpura.
E eu disse comigo: Em todo lugar menos que aqui estará Ariana.
E compreendi que só onde cabia Deus cabia Ariana. [...]
[...] Mas se Ariana era a floresta, por que não havia de ser Ariana a terra? Se Ariana era a morte, por que não havia de ser Ariana a vida? Por que - se tudo era Ariana e só Ariana havia e nada fora de Ariana?
[...] Mas é preciso! Para que surja a Exaltada, a branca e sereníssima Ariana.
A que é a lepra e a saúde, o pó e o trigo, a poesia e a vaca magra Ariana, a mulher - a mãe, a filha, a esposa, a noiva, a bem-amada!
(Trechos do poema “Ariana, a Mulher” de Vinícius de Morais).